O caso já está a dar lugar a controvérsia, com gente a defender a empatia que um gato sentirá por idosos à beira da morte e outros a admitir a hipótese de uma explicação meramente química. O que é certo é que Óscar, precisamente um gato, se aproxima dos que estão moribundos num lar de terceira idade e lhes faz companhia até morrerem.
Tudo se passa num lar de Providence, nos Estados Unidos: o Óscar insiste em aproximar-se de alguns dos residentes e como que lhes adivinha a proximidade da morte. Um estudo feito ao caso por um professor da Universidade Brown confirmou que em 25 circunstâncias isso aconteceu, apesar de o bichano, por norma, ser bastante independente e só gostar de rondar pela casa. David Rosa, o responsável pelo estudo, afiança que o gato “não comete erros”.
Um especialista em felinos, Thomas Graves, garante que os gatos são capazes de sentir se os seus donos, ou outros animais, estão doentes e gaba-lhes alegados poderes de previsão do tempo e mesmo de tremores de terra. No entanto, um dos médicos que tem como função assistir os pacientes internados naquele lar considera que só poderá haver uma explicação de natureza química para esta afinidade demonstrada pelo gato.
Certo é que Óscar costuma miar em sinal de protesto quando o afastam dos quartos dos moribundos. Por outro lado, se há famílias que até se sentem reconhecidas, outras pedem que o pessoal do lar afaste o gato para poderem fazer as suas despedidas sem intrusos no quarto. O pessoal do lar, face ao comportamento do felino, já ganhou o hábito de alertar a família de pessoas internadas sempre que Óscar insiste em ficar junto delas.
Jornal de Notícias
Sexta-feira, 27 de Julho de 2007
1 comentário:
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