quinta-feira, abril 01, 2010

Informação importante!!!

Cristais dolorosos

São os que se formam no aparelho urinário dos gatos, dificultando a micção e podendo até colocar-lhes a vida em perigo. Uma alimentação adequada e maior ingestão de água ajudam a prevenir este problema.

Quando se fala em cálculos urinários, a conhecida “pedra”, pensa-se automaticamente no ser humano, mas este é um problema de saúde que se estende aos animais domésticos.

Assim acontece com os gatos, que são muito susceptíveis aos problemas urinários, que tanto podem afectar a bexiga, como a uretra ( o canal que liga a bexiga aos genitais e por onde é explida a urina) e os ureteres ( pequenos tubos que unem cada um dos rins á bexiga).

Os cálculos urinários (urolitiase) são um desses problemas: trata-se de formação de formação de cristais na urina em função da acumulação de determinados minerais. Daí a existência de vários tipos de cálculos – o mais comum é o estruvite, constituído por fosfato de amónio magnesiano, seguindo-se o oxalato de cálcio. Menos frequentes são os cálculos de urato ou de cistina.

Os cristais vão-se agrupando, dando origem á chamada “pedra” e provocando sintomas como desconforto e até dor ao urinar(disúria), por vezes acompanhada de de esforço abdominal durante a micção.É ainda frequente que surja sangue na urina (hematúria).

Além disso, verifica-se uma alteração do comportamento do gato em relação aos hábitos de higiene: há uma micção mais frequente mas com pequenos volumes de urina (polaquiúria) e a urgência pode mesmo levá-lo a urinar fora da liteira. O animal adopta ainda uma postura caracteristica quando urina, sendo também comum que lamba a zona genital.

Quando os cálculos se alojam na uretra podem interferir com o fluxo normal da urina, tudo dependendo da sua dimensão. Mas, mas quando isso acontece, a bexiga distende-se devido á retenção de urina e o rim é impossibilitado de eliminar eficazmente os resíduos produzidos pelo organismo. Um desses resíduos é a ureia, que, assim, se acumula no sangue, tornando-se tóxica. Em consequência há uma deterioração do estado geral do animal, que se mostra agitado e debilitado, com vómitos e perda de apetite.

A importância de dar água ao gato

A obstrução urinária total, em que não há passagem de urina pela uretra, constitui uma situação grave, que impõe uma ida imediata ao veterinário. Um dos riscos se não houver tratamento rápido é a insuficiência renal, mas a própria vida do gato pode ser ameaçada. E quanto mais cedo o animal receber assistência melhor será o prognóstico e mais bem sucedido será a recuperação.

Uma análise da urina, uma radiografia ou ecografia abdominal são as ferramentas de que o veterinário dispõe para fazer o diagnóstico, em função do que será definido o tratamento. Alguns cálculos, como os estruvite, podem ser dissolvidos através de uma dieta especifica que provoque uma ligeira acidificação da urina. Outros, como os de oxalato de cálcio, podem implicar cirurgia para a sua remoção.

Após o tratamento, é conveniente manter a alimentação e aumentar a ingestão de água, de modo a prevenir a formação de cristais. Os gatos deverão, aliás, ter sempre água fresca á sua disposição e renovada regularmente. Outro cuidado importante prende-se com a limpeza da liteira: é que os gatos são animais muito sensíveis á higiene, pelo que se encontrarem a areia suja podem reter a urina, o que favorece os cálculos.

Os cálculos urinários são mais frequentes nos animais jovens (até seis anos) e nos machos, pois possuem uma uretra mais comprida e mais estreita do que as fêmeas. Os gatos castrados, sedentários e obesos são mais propícios ao desenvolvimento de cálculos, dado que urinam menos vezes.

O aparecimento de problemas é comum nos gatos, pelo que é preciso estar atento a sinais de eventual desconforto associado á micção e a alterações do comportamento do animal no que respeita á higiene. Se suspeitar que o seu gato está doente, procure o aconselhamento farmacêutico: a saúde eo bem-estar animal são uma das áreas de intervenção profissional das farmácias, em muitas das quais encontra um espaço de atendimento reservado – o Espaço Animal.

(Artigo retirado da revista Farmácia Saúde de Julho de 2009)

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